Precisamos falar sobre o pula-pula

 

Nas festas infantis, ele é o brinquedo da vez, mas é o que mais tem causado lesões e fraturas nas crianças

 

A literatura médica não deixa dúvidas: 83% das lesões ocorrem quando o pula-pula está sendo utilizado por mais de uma criança ao mesmo tempo. Em 60% dos casos de acidentes, a cama elástica não estava sendo supervisionada por um adulto.

Os acidentes ocorrem mais comumente com crianças abaixo de seis anos.

Os principais trabalhos científicos mostram que os casos mais frequentes são fraturas e lesões musculares, principalmente no punho, antebraço, cotovelo e tíbia.

Em 41% dos episódios é preciso internação hospitalar.

Afinal, é seguro?

O pula-pula ou cama elástica ainda não tem uma classificação oficial como brinquedo. Segundo a ABRINQ, é um item de entretenimento criado originalmente nas academias.

Quer dizer que o pula-pula é um vilão? Não necessariamente. Basta observar que –  embora até os fabricantes recomendem que seja uma criança de cada vez – a advertência quase nunca é respeitada.

O motivo é muito simples: a criança não pula sempre no mesmo lugar, podendo se deslocar no ar e ocupar 2 metros de espaço físico só para ela. Se houver mais de uma pessoa, o choque é inevitável. E, nesse caso, a criança menor tem tudo para levar a pior.

Pode ou não pode?

Adorado pela criançada, principalmente em festinhas, o equipamento se popularizou tanto que já está nos quintais das casas. A melhor recomendação é a cautela.

Se for brincar, antes verifique as condições do brinquedo (molas soltas, por exemplo). Não deixe seu filho entrar na cama elástica calçado, o que aumenta as chances de torção nas áreas de instabilidade.

Sob nenhuma hipótese permita mais de uma criança por vez, muito menos um adulto. Crie uma área de segurança em volta do brinquedo e mantenha-se alerta.

Cuide bem do seu filho. A responsabilidade é toda sua.

Leave a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *