Educação
Após polêmica, coordenadora de Educação Inclusiva é afastada
Psicóloga é afastada após vazamento de áudio em que convoca “pais dos meninos estragados” para reunião. Segundo ela, fala foi tirada do contexto para prejudicá-la
A secretaria de Educação de Rio Verde decidiu afastar temporariamente a coordenadora de Educação Inclusiva, Mylena Almeida Rodrigues, até a conclusão de um processo administrativo para apurar um áudio vazado no Whatsapp em que a professora e psicóloga convoca “os pais dos meninos estragados” para uma reunião.
A divulgação da gravação na última quarta-feira (9) provocou uma enorme e imediata repercussão nas redes sociais em Rio Verde. Filha de uma das famílias mais tradicionais na Educação no município, Mylena recebeu tanto mensagens furiosas na internet quanto manifestações de apoio no Facebook e em grupos de Whatsapp.
Defensores da professora alegaram nas redes que o termo “estragado” foi usado para descrever excesso de mimos às crianças, e não um desrespeito a elas ou suas famílias. Mylena divulgou um áudio em sua defesa e afirmou que “as pessoas inteligentes vão entender” e agradeceu o apoio de professores da rede municipal.
Conforme Mylena, a fala foi tirada de contexto e postada maldosamente nas redes sociais para prejudicá-la. “Eu tenho um berço, sou uma profissional respeitada. Não vou aceitar ninguém denegrir minha imagem e da minha família”, disse ao comentar a proporção que o assunto ganhou esta semana.
O pai de uma menina portadora de deficiência física que foi citada na gravação que gerou toda a polêmica procurou ontem o Ministério Público (MP-GO) para cobrar providências do órgão, que deverá solicitar esclarecimentos à secretaria municipal de Educação.
Nota
Em nota, a Secretaria de Educação informou que a servidora não responde mais pela função de diretora na pasta da inclusão. “Todos os fatos serão apurados e, assim que tivermos um parecer legal, acataremos a decisão.”
“Ressaltamos ainda que o atendimento às crianças do Centro Municipal de Apoio à Inclusão não será prejudicado. A secretaria atende as diretrizes legais da Educação Inclusiva na perspectiva da diversidade e temos com nossas crianças o compromisso e o respeito pleno”, finaliza o comunicado.
Wanessa Costa
18 de novembro de 2016 at 10:47
Independente da situação ela como educadora foi infeliz em citar as crianças mimadas como “estragadas” acho que no cenário atual que vivemos todo cuidado com as palavras é pouco.