Vida Pública
Vereadora nega regalias e diz que ‘pediu para trabalhar’
Parlamentar, que teve salário como professora cortado por faltas, alega que teve pedido para voltar a trabalhar ignorado e que pediu para exercer mandato sem remuneração
A vereadora e professora da rede pública Lúcia Batista postou um vídeo na internet para, segundo ela própria, rebater insinuações de que tenha recebido regalias no governo Juraci Martins que teriam sido suspensas na gestão de Paulo do Vale.
A parlamentar, que teve o salário de professora cortado por 30 dias de falta na atual gestão, alega que não voltou à sala de aula porque não teve resposta ao pedido para trabalhar na Escola Municipal Dona Josefina ou Vila Olinda, de preferência no período noturno.
“Quando eu não tivesse sessões (no Legislativo), eu poderia prestar serviço à noite”, defendeu.
Diante da ausência superior a 30 dias, a Secretaria Municipal de Educação, além de cortar o salário, analisa a abertura de um processo de exoneração de Lúcia Batista como professora por abandono de cargo.
Ela relata no vídeo que já entrou com pedido de aposentadoria e que tem audiência marcada no INSS no dia 27 de outubro.
Licença-prêmio
Lúcia Batista conta que tirou licença-prêmio como professora de janeiro até o dia 19 de abril, com a integralidade dos vencimentos. Depois desse período, afirma que insistiu sem sucesso para ser modulada em alguma escola da rede.
A vereadora disse que, ao invés de voltar a trabalhar como professora, ela aceitou ser colocada à disposição da Câmara Municipal para ajudar na revisão do plano de cargos e salários dos servidores.
Segundo ela, como a revisão do plano não teve andamento, considerou injusto continuar nesta situação sem exercer a função.
No vídeo postado nesta quinta (17), ela afirma que enviou um pedido ao presidente da Câmara Municipal, Lucivaldo Medeiros, para exercer o mandato sem remuneração (atualmente de R$ 10.084,61), mas que não havia conseguido cópia do documento para comprovar.