‘Vaquinha’ garante refeição de atletas do Rio Verde

"Correr 90 minutos e depois não ter o que comer é desumano", desabafou Costa Filho

Jornalista levantou recursos para alimentação dos atletas após o jogo deste domingo. Time vive situação de penúria depois de ter sido explorado politicamente

 

Torcedor fanático do Esporte Clube Rio Verde, o jornalista Costa Filho abriu o programa Patrulha 97 (Morada do Sol FM) da última sexta-feira, 3,  fazendo uma ‘vaquinha’ para custear a alimentação dos atletas do time, que viaja neste domingo para Itumbiara, onde enfrenta a equipe local pela Séria “A” do Campeonato Goiano.

“Correr 90 minutos e depois não ter o que comer é desumano”, desabafou. A Federação Goiana de Futebol (FGV) arca com os custos de alimentação até o almoço. Depois do jogo, as despesas correm por conta das próprias equipes.

Foram precisos menos de 15 minutos para levantar R$ 1.050,00, dinheiro suficiente para bancar a refeição dos atletas depois da partida, que será realizada no Estádio JK. Mas, além da força da audiência e do prestígio junto aos empresários, a iniciativa desnudou também a situação de penúria vivida pelo Verdão do Sudoeste.

Propaganda política

Um ouvinte que participou do programa criticou o uso político-eleitoral do time no ano passado, desacreditando o clube perante os patrocinadores. Na campanha eleitoral, o jogador Diogo Marzagão, capitão da equipe, chegou a ter o número 5 da camisa alterado para “55”, o mesmo do candidato derrotado a prefeito Heuler Cruvinel (PSD).

No mesmo programa, o jornalista da Rádio Morada do Sol pediu, gentilmente, que, para o bem do clube, o presidente Rio Verde, Wolney Marques, entregue o cargo. Segundo ele, pelo menos cinco empresários da cidade teriam melhores condições para liderar o Verdão. Torcedores que contribuíram inclusive financeiramente com o clube no ano passado sentiram-se ofendidos com a exploração política do futebol.

O jornalista demonstrou entusiasmo com os investimentos anunciados pelo prefeito Paulo do Vale (PMDB) nas escolinhas de iniciação esportiva, que devem formar atletas para o próprio Verdão nos próximos anos. No entanto, considerou que simbolicamente é importante a permanência do clube na elite do futebol de Goiás.  “Não ser rebaixado já é um grande negócio”, vaticinou.

Campeão invicto da Série “B”em 2016, o E.C. Rio Verde enfrenta problemas que vão desde a recente interdição do Estádio Mozart Veloso do Carmo devido à omissão do governo estadual até atraso no pagamento dos atletas. Como se não bastasse, o time ainda foi prejudicado pela arbitragem na estreia do campeonato.

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