AMT e consultores da FIPAI/USP São Carlos devem elaborar medidas para melhorar o serviço
Os ônibus de Rio Verde recebem mais de 90 mil passageiros pagantes mensalmente, isso sem contar a grande quantidade de idosos, não-pagantes e industriais (linhas que transportam funcionários de empresas e industrias do perímetro urbano). São pessoas que precisam do transporte coletivo para a locomoção diária e precisam da maior eficiência possível neste serviço.
O plano de mobilidade urbana que está sendo implantado em nossa cidade envolve, além do sistema viário de trânsito, o transporte público coletivo e todos os seus modais. Por este motivo, a Prefeitura de Rio Verde por meio da AMT – Agência Municipal de Mobilidade e Trânsito realizou nesta segunda-feira uma audiência pública sobre o assunto.
Na audiência foi apresentado o diagnóstico do transporte público coletivo de Rio Verde, realizado pela AMT desde o início de 2017 e pelos consultores da FIPAI/USP de São Carlos, Dr. Coca Ferraz e Dra. Magaly Romão, os mesmos consultores responsáveis pelas intervenções viárias que estão sendo implantadas em Rio Verde. Foram analisadas desde as questões técnicas, como as rotas existentes, até a qualidade do serviço prestado, utilizando pesquisa de campo e o levantamento de dados estatísticos.
O consultor Coca Ferraz explica que com o surgimento e popularização de novos meios de transporte público individual (como no caso dos aplicativos, por exemplo), o transporte coletivo está passando por uma diminuição na quantidade de usuários em um âmbito geral, situação que se repete em Rio Verde, de acordo com o diagnóstico constatado pelos pesquisadores. “Foram vários levantamentos para estar colocando a situação especial do transporte coletivo na cidade e o que nós estamos propondo para melhorias”, afirma.
Além da apresentação do diagnóstico e soluções buscadas pela consultoria, o espaço foi aberto para sugestões de todos os presentes, desde representantes populares até membros dos poderes legislativo e judiciário. “Algumas sugestões daqui foram bastante interessantes, as pessoas que vieram realmente interagiram, foi bastante produtivo com as propostas”, declara Magaly Romão, ressaltando a importância da discussão de novas ideias durante a audiência para a continuação do projeto.
De acordo com a especialista, alguns pontos levantados no diagnóstico já passarão por mudanças. “Os próximos avanços serão a migração para as ruas Costa Gomes e Augusta Bastos, a colocação dos minis terminais, a implantação dos novos pontos, já está sendo feito o controle de localização por GPS e o uso da bilhetagem eletrônica irá começar também”, afirma Magaly.
Entre as sugestões apresentadas pelo público presente estão a criação de novas linhas, a utilização de veículos menores de acordo com as rotas, a divisão de empresas concessionárias para cobrirem rotas menores e integração dos meios de transporte. Para o contador Rogério Paz, esta foi uma oportunidade de apresentar ideias sobre o assunto: “a audiência é um avanço para a gente tratar de mobilidade urbana e esse grande gargalo que é o transporte coletivo, eu vejo como uma oportunidade da gente discutir a melhoria desse transporte”.
O titular da 5ª Promotoria do Ministério Público, Dr. Márcio Lopes Toledo, também colaborou com ideias para o projeto: “eu acompanho com interesse essa discussão, trouxe as minhas contribuições e acho que com o apoio da população é mais provável que o município construa soluções mais adequadas as necessidades”.
Como representantes da população, os vereadores presentes participaram ativamente e opinaram sobre o assunto e seus impactos para a cidade. “Ficou demonstrado na audiência a grande preocupação com todos os setores, com a comunidade, com os empresários, com a rentabilidade e principalmente com a segurança do usuário”, afirma o Presidente da Câmara Municipal, Lucivaldo Medeiros.
Agora, com as soluções devidamente discutidas e novas ideias sendo apresentadas, a AMT e os consultores seguem com a elaboração do projeto para sua posterior aplicação. “Através do trabalho feito pela equipe contratada, nós estamos conseguindo êxitos, é um trabalho que está sendo feito para que haja condições de deslocamento da comunidade”, declara o Presidente da AMT, Ten Nazian Roberto Santos.
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