Aprenda a usar a vírgula

 

O uso correto da vírgula gera dúvida até mesmo nos mais preparados estudiosos da Língua Portuguesa. Um erro recorrente é a supressão da vírgula separando o vocativo. Muitas são as vezes em que nos deparamos com enunciados como estes:

-Ciclista ande na ciclovia.

-Jorge seja bem-vindo.

-Silêncio alunos.

Nos exemplos acima, ‘ciclista’, ‘Jorge’ e ‘alunos’ funcionam na frase como vocativos. E vocativo é o termo que representa um chamamento, uma evocação (Vocativo, do latim “vocativu” – e este de “vocare”, “dirigir a palavra a alguém”. É o termo a que se dirige o chamado, a interpelação, a ordem).

OBRIGATORIAMENTE, o vocativo fica separado dos outros termos da frase por vírgula. E há um motivo para isso: sem essa vírgula, o significado poderia ser alterado. Veja: -Você conversou com a professora Marta? –Vamos escutar outro relato pessoal. –Ouça minha filha. Agora observe essas mesmas frases com vírgula separando o vocativo: -Você conversou com a professora, Marta? – Vamos escutar outro relato, pessoal. –Ouça, minha filha. O sentido muda completamente, não?

Assim, não podemos menosprezar o grande valor da vírgula separando o vocativo. Ela é imprescindível, pois nos garante uma comunicação eficaz e sem duplos sentidos.

 

Larissa Pedroso é professora de Língua Portuguesa.

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