Espera por cirurgias e exames passa de oito meses

Sem previsão: A diarista Márcia dos Santos aguarda cirurgia desde o ano passado.

Atualmente a fila no sistema público municipal tem mais de 300 pedidos de cirurgias abdominais e 600 de ressonância

Em novembro do ano passado, Márcia dos Santos Silva conseguiu realizar todos os exames e reunir a papelada necessária para ser operada na rede pública em Rio Verde. No mês seguinte, a diarista de 37 anos deu entrada no pedido de cirurgia de vesícula biliar.

Hoje, mais de 8 meses depois, com dores e dificuldade para trabalhar, ela ainda aguarda ser chamada. Enquanto isso, cuida dos dois filhos e do marido, que é pintor de paredes. O casal orçou a cirurgia na rede privada, mas não tem condições de arcar com os custos.

Auxiliar de serviços gerais numa escola do município e dona de casa, Maria Joana Cabral, 53, está na fila da rede pública desde dezembro para um exame de ressonância magnética. Apesar dos problemas na coluna, continua trabalhando com afinco.

Sem previsão

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, atualmente a fila no sistema tem mais de 300 pedidos de cirurgias abdominais (análogos ao caso de Márcia) e 600 de ressonância (como a dona Maria Joana) na espera. E sem previsão de data para acontecer.

A assessoria da Prefeitura de Rio Verde informou que os dois casos estão cadastrados no sistema SUS e declarou que a demora acontece por conta do “gigantesco volume de casos e a pouca disponibilidade de médicos, principalmente no que tange a intervenções cirúrgicas abdominais”.

A Secretaria de Saúde informou que, a fim de diminuir a espera, está contratando em caráter emergencial médicos para suprir essa necessidade. Porém encontra grandes dificuldades em encontrar profissionais disponíveis para essa finalidade.

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