Crime
Rio-verdense pode ter sido vítima de serial killer nos EUA
Detetives de Nova York sustentam que Paulo Netto foi vítima de assassinatos em série no Meio-Oeste em 2013
Dois detetives aposentados da cidade de Nova York sustentam na internet a teoria de que pelo menos 45 jovens que tiveram os corpos encontrados boiando na água em vários estados do Meio-Oeste dos EUA foram vítimas de crimes em série iniciados ainda nos anos 1990. Entre eles o estudante de artes Paulo Roberto Rodrigues Reis Netto, então com 23 anos, encontrado morto na baía de São Francisco (Califórnia) no dia 9 de novembro de 2013.
De acordo com Gannon e Duarte todas as vítimas foram mortas por um indivíduo ou por um grupo organizado de assassinos que, segundo os detetives, escolhe de preferência homens brancos, com perfil popular, atlético e de bom estudante e faz a abordagem em saídas de festas ou bares.
Paulo Neto morava há um ano em Los Angeles, onde cursava desenho industrial, e deixou a cidade para visitar São Francisco, a 60 km de distância, no dia 25 de outubro de 2013. O último contato com a família foi uma ligação três dias depois para a irmã em Rio Verde dizendo que estava sendo perseguido e pedindo que ela do Brasil avisasse a polícia nos EUA.
O corpo do estudante só foi encontrado depois de dois meses de procura pela polícia de São Francisco. O caso provocou comoção em Rio Verde e ganhou repercussão na imprensa norte-americana e nacional. Familiares de Paulo Netto chegaram a percorrer bairros de imigrantes com cartazes e cobraram rigor na investigação das autoridades norte-americanas.
Devido ao estado de decomposição avançada, a polícia não conseguiu identificar como o brasileiro morreu. A investigação mostrou que ele participou de uma festa no dia 28. Três dias depois do desaparecimento, o departamento de polícia de São Francisco divulgou a imagem de um homem que usou o cartão de crédito de Paulo Netto em uma loja do Mcdonald’s, mas a polícia não conseguiu prender o suspeito.
A teoria dos detetives é conhecida como The smile face theory na internet por conectar os assassinatos a pichações que descrevem rostos sorridentes encontradas nas proximidades dos últimos 12 casos. A tese, no entanto, é refutada por investigadores da polícia de São Francisco e outros especialistas em assassinatos em série nos EUA.
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