Ex-prefeito é suspeito de superfaturar contratos

Juraci Martins prorrogou por 44 meses contrato que deveria durar 1 mês e, ao invés de R$ 539 mil, pagou R$ 12,6 milhões para a mesma empresa

O ex-prefeito Juraci Martins não está tendo vida fácil depois que deixou a Prefeitura de Rio Verde. A prestação de contas da sua gestão tem esbarrado em acusações de desonestidade pelo Ministério Público, bloqueio de bens na Justiça e fortes evidências de superfaturamento.

O Diário Oficial publicou na última sexta-feira (11) um relatório em que o Tribunal de Contas dos Municípios afirma ter encontrado “fortes indícios de fraude” e constatação de pagamentos de até R$ 3,6 milhões acima do atestado para a Newcon Construções e Terceirizações Ltda.

O contrato de aluguel de máquinas foi assinado com a empresa em novembro de 2011 para durar 1 mês e 24 dias e custar R$ 539 mil. Através de uma série de aditivos, ele foi prorrogado por 44 meses e custou um montante de R$ 12.610.963,34.

No mês passado, acolhendo ação do Ministério Público, a Justiça ampliou o bloqueio de bens do ex-prefeito em mais de R$ 1 milhão por prejuízos causados ao município.

A contratação foi considerada antieconômica quando comparada ao custo de aquisição dos equipamentos.

O Tribunal rejeitou a tese da defesa de Juraci de que o superfaturamento só poderia ser reconhecido pela Câmara de Vereadores, e negou medida cautelar.

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