Polícia Federal vai investigar autoria de pesquisa falsa em Rio Verde

A Polícia Federal vai investigar quem são os autores de uma pesquisa fraudulenta de intenções de voto para prefeito de Rio Verde que circulou amplamente nas redes sociais esta semana.

A denúncia será formalizada pelo Instituto de Pesquisas Serpes, que teve o nome utilizado indevidamente na divulgação em grupos de Whatsapp e no Facebook.

A falsa pesquisa – que mostrava o candidato Heuler Cruvinel (PSD) na frente das intenções de voto para prefeito – começou a ser compartilhada nas redes sociais na terça-feira (6).

A postagem imitava o modelo gráfico do jornal O Popular, e trazia Heuler na liderança tanto na espontânea quanto na estimulada.

A publicação foi replicada milhares de vezes por militantes de campanha até o dia seguinte. Depois de uma nota oficial do próprio Serpes denunciando a mentira, a maioria apagou as postagens de seus perfis no Facebook.

Fraude

Não houve vazamento. Houve fraude”, explica Sebastião Hélcio, advogado do instituto de pesquisas. “Ela é tão infundada que mostrava índices de avaliação da gestão municipal, quando o levantamento era apenas de intenção de voto para prefeito.”

A pesquisa real de intenção de votos para prefeito não chegou a ser divulgada. Ela ainda estava sendo finalizada quando a falsa pesquisa começou a ser disseminada indiscriminadamente na internet.

A decisão de publicar ou não a pesquisa verdadeira, esclarece Hélcio, fica a cargo da empresa contratante, que no caso é a Organização Jaime Câmara.

O jornal O Popular, que tradicionalmente publica as pesquisas do Serpes nas principais cidades do Estado, acabou ‘pulando’ Rio Verde na segunda rodada de pesquisas eleitorais.

Na primeira rodada das pesquisas oficiais, publicada em O Popular, o candidato do PMDB, Paulo do Vale, apareceu em primeiro lugar. Heuler Cruvinel figurava tecnicamente empatado em segundo lugar e como o nome com maior rejeição entre os quatro candidatos.

Crime eleitoral

Uma vez identificados os autores pela Polícia Federal, o próprio Ministério Público Eleitoral entrará com a ação cabível”, declarou o advogado do Serpes ao Diário de Rio Verde.

A pena para o crime é de seis meses a um ano de cadeia, com multa que varia entre R$ 53 mil e R$ 106 mil. Na esfera eleitoral, a prática ainda pode causar cassação do registro de candidatura ou de diploma.

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