Após três anos, Odebrecht investiu apenas 26% do prometido em Rio Verde

Passados três anos de vigência do contrato, esgoto a céu aberto ainda é realidade em vários bairros de Rio Verde

Compromisso era fornecer captação e tratamento de esgoto para 100% dos moradores até o final de 2016, mas depois de três anos de contrato a empresa investiu menos de 30% do prometido

Em 2013, o então diretor de operação da Odebrecht Ambiental, Luiz Augusto Rossi, assegurava nos veículos de comunicação da região que, até o final do terceiro ano de contrato, Rio Verde já teria “100% das residências atendidas com coleta e tratamento de esgoto”.

Em uma entrevista naquele ano no programa Balanço Geral, da TV Sucesso, Rossi dizia com todas as letras que esta era a meta contratual da empresa, logo após a assinatura do acordo bilionário com duração de 28 anos com a Saneago.

Conta não fecha

Transcorridos os três anos de contrato, o esgoto a céu aberto ainda é uma realidade em dezenas de bairros da cidade.

O novo coordenador de operação e manutenção da Odebrecht Ambiental em Rio Verde, Rui César Marques de Vasconcelos, percorreu emissoras de rádio na última semana para comunicar que agora a companhia pretende concluir as obras “até 2019”.

Ele também alterou o significado da palavra ‘universalização’, que agora quer dizer 90% da população e não mais a totalidade dos moradores.

De acordo com ele, a rede hoje atende 57% dos rio-verdenses.

Segundo o representante da Odebrecht, a empresa investiu nesses três anos R$ 35 milhões na ampliação da rede de esgoto em Rio Verde.

O valor corresponde a apenas 26,92% do total anunciado de R$ 130 milhões necessários para a universalização do sistema no município.

 

Nota da Odebrecht Ambiental:

 

– Conforme a Lei 11.445, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico no Brasil, conceitua-se como universalização “a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico”. Dentro do princípio de progressividade, o Governo do Estado de Goiás, via Saneamento de Goiás (Saneago), estabeleceu no contrato firmado com a Odebrecht Ambiental a meta de atendimento com serviços de coleta e tratamento de esgoto de 90% da população urbana beneficiada com sistema público de abastecimento de água, nos quatro municípios nos quais a Odebrecht Ambiental atua, até 2019. Outros detalhes a respeito do documento podem ser obtidos junto à Saneago, agente do Governo do Estado com o qual a empresa firmou o contrato. Os 10% restantes geralmente dizem respeito a áreas de risco ou a terrenos com problemas de soleira negativa (quando a cota do imóvel é inferior à cota da superfície do terreno), que exigem intervenções mais complexas ou cuja lei determina que sejam realizadas pelo proprietário do imóvel.

– A respeito dos R$ 35 milhões investidos pela Odebrecht Ambiental no município de Rio Verde, de novembro de 2013 até o presente momento, a maior parte do volume foi utilizada para a implementação de serviços e obras estruturais de grande monta, sem as quais não seria possível garantir funcionalidade ao sistema de esgotamento sanitário, tais como projeto executivo da obra, uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na região nordeste da cidade e interceptores. Tendo em vista que esta etapa encontra-se praticamente concluída, a empresa intensificou, desde o início deste ano, as obras de implantação de rede nos bairros do município;

 

– Os primeiros bairros beneficiados foram Gameleira 1, Serra Dourada, Parque das Laranjeiras, entre outros. Somente neste ano, a empresa está com frentes de trabalho nos bairros Canaã, Vila Mariana, Atalaia, Universitário, Monte Sião, DIMPE, Conjunto Mauricio Arantes e Conjunto Valdeci Pires. Ao todo, já foram implantados mais de 50 quilômetros de redes coletoras, beneficiando 30 mil pessoas em Rio Verde. A Odebrecht Ambiental deverá investir mais R$ 100 milhões em obras de implantação e expansão do sistema de esgotamento sanitário no município, de forma que a meta pactuada no contrato assinado com a Saneago seja alcançada até 2019.

(Atualizada às 08:49 – 18/11/2016)

 

Leave a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *